A diferença entre Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo
Santana até que diminuiu, mas em ritmo muito lento. Devagar. Quase parando. Um
fosso que era de dez pontos percentuais, agora é de sete. No limite da margem
de erro, a diferença pode ser de apenas um ponto percentual. No limite oposto,
pode ser de treze pontos a favor de Eunício. Portanto, na reta final, se
envolver demais na disputa não é recomendável aos de coração fraco ou mole.
Camilo
cresceu dentro da margem de erro. Eunício permaneceu intacto. Com 41 estava.
Com 41 permaneceu. Para avançar três pontos, Camilo teve que buscar votos entre
os eleitores de Eliane, Ailton e os que não sabem, não votam ou prometem
anular.
No
Datafolha, há mais boas notícias para o senador do PMDB do que para o candidato
do PT-Pros. Além de manter sua coluna de votos irredutível, Eunício viu as suas
intenções espontâneas subirem de 19 para 25%. Camilo saiu de 18 para 19%. Como
costuma argumentar Ciro Gomes, a manifestação espontânea é o resultado real que
importa.
Por
falar em Ciro, desmoralizado ficou o seu prognóstico da virada em 10 dias. Fez
a profecia no já longínquo 18 de agosto. Lá se foi mais de um mês. O que
era uma fala para animar a tropa serve hoje para desanimar. Agora, Camilo
tem pouco mais de dez dias para fazer a virada.
O pífio
desempenho de Eliane e Aílton é outra notícia ruim para o petista. Se os dois
somados alcançassem pelo menos dez ou 12 pontos percentuais, as chances para
gerar o segundo turno até que seriam boas. Hoje, o somatório dos dois se
arrasta e chega a apenas 4%. Desse jeito, com Eunício ou Camilo na frente, a
coisa tende a se resolver no primeiro turno.
Eunício é
como mandacaru na estiagem, se mantém verde enquanto Tasso Jereissati, o
candidato ao Senado, joga um balde de gelo com água sobre a cabeça de Mauro
Filho: 58% a 19%. Uma diferença de 39 pontos percentuais. É como a Alemanha
mandando sete a um sobre o Brasil, mas faltando somente dez minutos para acabar
o jogo.
Vamos à vitória!
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