Em
pleno feriado natalino, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi
a público justificar o uso de jatinho da FAB para ir a Pernambuco fazer um
implante capilar. Na virada do Réveillon, o senador será obrigado a dar novas
explicações. Desta vez, sobre os motivos que o levaram a enviar seguranças do
Senado para missões sigilosas em sua terra natal. ISTOÉ identificou ao menos
três dessas viagens, feitas em fevereiro, outubro e novembro, que incluíram
diligências ilegais, monitoramento de pessoas e tomada de depoimentos numa
delegacia de polícia. Ao menos três servidores foram usados na empreitada:
Everaldo Bosco, Gabriel Reis e Floriano Pinheiro. Com o aval do senador
alagoano, os policiais não se intimidaram ao bancar “os xerifes” de Renan, violando
competências que são exclusivas da Polícia Federal e da Civil.
A
chamada “polícia legislativa” não passa de um corpo de servidores do Congresso
com atribuições de guarda e proteção dos parlamentares e daquilo que pode ser
classificado como patrimônio do Legislativo, como veículos, edifícios, móveis e
equipamentos. Esses policiais podem até fazer apuração de infrações penais,
desde que tenham ocorrido dentro de seus domínios. A Procuradoria da República,
inclusive, já emitiu parecer que veda o uso dessa turma fora das Casas.
Renan,
porém, parece fazer vista grossa para o que diz a lei. Mais grave ainda: com
suas ações, sugere ocupar um espaço privilegiado acima dela. Protegidos pelo
manto do sigilo dessas operações, os servidores do Senado se abstêm de dar
explicações, o que dá margem para especular se o trabalho externo seria apenas
um exagero administrativo ou uma vexatória ação política contra rivais
eleitorais em Alagoas. O presidente do Senado quer eleger Renan Calheiros
Filho, "Renanzinho", governador do Estado em 2014.
Fonte:
MSN.
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