quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CNJ relata falha no controle de presos, superlotação e carência de juízes e servidores no Ceará.

Os sistemas prisional e jurídico do Ceará apresentam diversas falhas estruturais e de controle, segundo o relatório final sobre o Mutirão Carcerário no Ceará feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre os problemas, a falta de controle dos presos, a superlotação e a falta de estrutura nas celas do Estado. O documento também relata que as Varas Criminais e de Execução Penal e o sistema prisional não têm controle sobre a quantidade de presos, situações prisionais, controle dos benefícios futuros e término de pena.
O estudo traz uma série de recomendações às autoridades do Estado, entre elas a construção de unidades prisionais e investimentos na melhoria da gestão das Varas Criminais e de Execução Penal. O relatório foi realizado no período de 6 de agosto a 6 de setembro de 2013. Foi recomendado ao Governo do Estado que construa 5 unidades prisionais, com intuito de reduzir a superlotação das celas. Uma das unidades deve ser de segurança máxima, no município de Pacajus, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O prazo para a conclusão das obras é de 6 meses.
Outra recomendação é a reforma e o aparelhamento da Colônia Agrícola do Cariri Padre José Arnaldo Esmeraldo de Melo, na cidade do Crato. O local está sucateado e conta com 4 presos, segundo o estudo. O prazo para a conclusão da reforma é de 90 dias. Segundo o relato a casa penal é "de difícil acesso, com estradas de chão, em péssimo estado de conservação, sem acesso de transporte público e visivelmente abandonado pela Administração Penitenciária".
O CNJ também orienta o governo realizar um concurso público para cargos de Defensor Público, com a lotação nas varas criminais de Fortaleza e do interior do Ceará, no prazo de 2 anos. Também recomenda concurso público para ampliação do número de agentes penitenciários. O planejamento deve permitir no prazo de 1 ano, a proporção de um agente para cada 5 presos, conforme estabelecido pelo Ministério da Justiça.
Fonte: DN.

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