Depois
de muita polêmica, revelações bombásticas e graves denúncias de
aliciamento e compra de vereadores para a eleição da mesa diretora
da Câmara de Juazeiro, o Ministério Público do Estado (MP-CE)
convocou 20 dos 21 parlamentares para prestarem esclarecimentos
em oitivas iniciadas na última sexta-feira (14).
Parte dos vereadores ouvidos pelos promotores Lucas Azevedo e Silderlanio do Nascimento disse ter passado por constrangidos durante os depoimentos. Aos parlamentares foram apresentadas fotos, suas e de outros colegas, no chamado retiro que antecedeu a votação na Câmara.
Parte dos vereadores ouvidos pelos promotores Lucas Azevedo e Silderlanio do Nascimento disse ter passado por constrangidos durante os depoimentos. Aos parlamentares foram apresentadas fotos, suas e de outros colegas, no chamado retiro que antecedeu a votação na Câmara.
Os
promotores teriam apresentado, ainda, gravações com conversas de
bastidores, que comprometem pelo menos oito vereadores. Nas
gravações, vereadores admitem ter recebido vantagens para votar
no candidato eleito Capitão Vieira (PTN). Os depoentes
foram perguntados se reconheciam as vozes e o teor da conversa.
Mesmo
com a apresentação das provas, a maioria dos vereadores reconheceu as
vozes, mas desconheceu a prática de compra ou
favorecimento durante o processo eleitoral. Segundo informações,
por várias vezes, o advogado procurador da Câmara, Róseo Augusto
Jacome Alves, se pronunciou contrário aos critérios do depoimento,
por entender que os parlamentares estavam sendo constrangidos.
A
denúncia, feita dias antes da eleição, pelo então presidente Darlan
Lôbo (PMDB), revelou nomes, valores e outros benefícios
oferecidos aos edis. Todo o material entregue ao MP foi anexado
de gravações, fotos e documentos, além do áudio e da ata
da sessão, contendo os debates aonde vereadores chegam a admitir
a negociação.
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