O
ex-diretor da área Internacional da Petrobrás e
um dos personagens centrais da Operação Lava Jato, Nestor Cerveró, foi condenado a cinco anos de prisão. A Justiça
Federal considerou-o responsável por crime de lavagem de dinheiro na compra de
um apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, avaliado em R$7,5 milhões. De
acordo com o juiz responsável pela condenação, Sérgio Moro, a compra se deu "com produtos de crimes de
corrupção".
De
acordo com o juiz, Cerveró constituiu empresa de fachada no Uruguai com
recursos oriundos de fraudes na estatal e nacionalizou o dinheiro para a compra
do imóvel a partir de uma subsidiária no Brasil. O ex-dirigente da estatal é
acusado de ter recebido mais de US$30 milhões em propinas durante a contratação
de navios sondas em 2005 e 2006.
Cerveró
está preso desde janeiro, quando foi detido pela Polícia Federal no
Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. De acordo com a Justiça, a detenção era
necessária "uma vez que a maior parcela do produto milionário dos crimes
contra a administração pública não foi recuperada, com risco concreto de novas
condutas de ocultação e dissimulação do produto do crime". O risco ainda
seria agravado pela dupla nacionalidade do agora condenado, que também é
espanhol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário