José Maria Marin
recebeu propinas de R$ 2 milhões por ano de parceiros comerciais para a
realização da Copa do Brasil enquanto foi presidente da CBF. Na manhã desta quarta-feira
(27), ele foi um dos presos na Fifa pela polícia suíça e à pedido do FBI,
a Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos.
Segundo a
investigação americana, a CBF cobrou propinas de parceiros para que tivessem o
direito de transmissão dos eventos. O valor, porém, subiu quando Marin assumiu
a presidência, em 2012. Marco Polo Del Nero,
presidente atual da CBF, saiu em defesa de Marin, alegando que todos os
contratos eram da época de Ricardo Teixeira.
Outra constatação é
de que a Nike pagou uma propina de US$
40 milhões (cerca
de R$ 127 milhões) em uma conta na Suíça para fechar um contrato com a CBF para
patrocinar a seleção brasileira. A informação faz parte da investigação
conduzida nos Estados Unidos e que acabou com a prisão de José Maria Marin,
ex-presidente da CBF.
Segundo
o levantamento, o acordo avaliado em US$ 140 milhões (R$ 445 milhões) rendeu em
pagamentos paralelos e depositados no paraíso fiscal alpino. As suas duas
empresas que teriam recebido o dinheiro seriam a Traffic Sports International
Inc. e a Traffic Sports USA Inc. -, que estão sediadas na Flórida (EUA). Ambas
são citadas pela Justiça americana. Os suíços já indicaram que contas foram
bloqueadas.
Marco
Polo del Nero, presidente da CBF, se recusou a comentar o contrato da Nike.
"Isso é algo antigo", disse. O cartola participa de uma reunião de
emergência em Zurique com dirigentes sul-americanos e deixou claro que a
responsabilidade pelos contratos é de Ricardo Teixeira. "Eu não sabia de
nada", declarou.
Fonte: DN.
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