Brasília. O governo brasileiro avalia a possibilidade
de novos aumentos de tributos, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
ontem, após participar de reunião com representantes do governo na
vice-presidência da República. "Estamos examinando. A gente não sabe qual
vai ser o resultado (das votações das medidas de ajuste fiscal) do Congresso.
Então, estamos aguardado as diferentes opções", disse Levy, respondendo a
questionamento de jornalistas sobre aumento de impostos.
Perguntado sobre o tamanho do corte de gastos públicos do
Orçamento da União, a ser anunciado ainda esta semana, se o montante total será
de 70 bilhões de reais ou mais próximo de 80 bilhões de reais, o titular da
Fazenda disse que a cifra final não está definida.
"Isso são especulações. Mas a ordem de grandeza vai estar
nesta faixa", limitou-se a afirmar.
Tendência
de corte menor
O vice-presidente Michel Temer afirmou na tarde de ontem, que a
"tendência" é que o corte no Orçamento seja menor na medida em que o
Congresso aprove o ajuste fiscal e preserve a economia projetada pelo governo.
"É evidente que, na medida em que se aprove o ajuste fiscal,
a tendência é cortar menos", disse. Entre as medidas em análise, Temer deu
destaque ao projeto que revê a política de desoneração da folha, que deve ser
votado na Câmara amanhã.
A articulação política do governo, comandada por Temer, tenta
evitar o afrouxamento do texto, que aumenta as alíquotas de empresas que
recolhem com base na desoneração da folha. A preocupação é que o relatório do
líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), ainda não é conhecido.
Fonte:
DN.
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