A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu
nesta quinta-feira (13) o ex-chefe da assessoria de orçamento do Senado José Carlos Alves dos Santos, por
corrupção passiva. Ele foi condenado a dez anos e um mês de reclusão por
envolvimento no escândalo conhecido como dos “Anões do Orçamento”, que veio a
público em 1993.
Santos foi detido na casa dele, no Lago
Norte, no DF, durante a manhã. O mandado de prisão foi expedido pela Vara de
Execuções Penais de Brasília nesta quarta-feira (12), vinte e um anos depois do
caso, após o processo tramitar em julgado, segundo o Tribunal de Justiça do DF.
O ex-assessor já havia sido preso suspeito de ser o mandante do assassinato da mulher, Ana Elizabeth Lofrano, em novembro de 1992. Condenado a 20 anos de reclusão, ele sempre negou participação no crime.
O ex-assessor já havia sido preso suspeito de ser o mandante do assassinato da mulher, Ana Elizabeth Lofrano, em novembro de 1992. Condenado a 20 anos de reclusão, ele sempre negou participação no crime.
Depois de ser preso nesta quinta, Santos foi encaminhado
para a 9ª DP, no Lago Norte, e em seguida foi levado para a carceragem do
Departamento de Polícia Especializada (DPE). Segundo a Polícia Federal, a
previsão é que ele seja transferido para a carceragem da PF, que fica na
Penitenciária da Papuda.
José Carlos Alves dos Santos, de 71 anos, era o chefe da
assessoria de orçamento do Senado quando houve o escândalo. Ele foi o autor da
denúncia, que culminou na “CPI dos Anões do Orçamento”, instaurada no Congresso
Nacional.
De acordo com o processo, os parlamentares faziam
emendas que destinavam dinheiro para entidades ligadas a familiares dos
envolvidos e laranjas. O esquema também incluía acertos com grandes
empreiteiras para inserção de verbas do orçamento para a execução de grandes
obras públicas em troca de comissões.
O esquema de corrupção foi descoberto em outubro de
1993. Dos 18 parlamentares acusados de participar do escândalo, seis foram
cassados, oito foram absolvidos e quatro renunciaram. O caso ganhou este nome
porque a maior parte dos envolvidos era de estatura física baixa.
Fonte: G1.
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