Os oficiais enviados à
casa de Oscar Pistorius para investigar a morte de sua
namorada, Reeva Steenkamp, no dia de São Valentim de 2013 manipularam sem luvas
a arma do crime, confessou nesta sexta-feira, 14, um policial.
"O especialista em balística
manipulava a arma sem luvas. Já havia retirado o tambor", declarou Giliam
van Rensburg, um funcionário que abandonou a polícia no fim de 2013.
"Eu perguntei a ele: 'O que
você está fazendo?', e ele respondeu 'Sinto muito', colocou a arma em seu lugar
e então tirou as luvas do bolso", acrescentou.
Além disso, Van Rensburg, que
dirigia na época uma delegacia próxima ao local do crime, lamentou o
desaparecimento de um relógio do atleta avaliado em 7.000 euros.
A ação dos investigadores já foi
colocada em questão no ano passado durante as audiências prévias à libertação
sob fiança de Pistorius.
O chefe dos inspetores, Hilton
Botha, havia admitido, antes de ser afastado da investigação, que os
investigadores caminharam na cena do crime sem tomar as medidas de proteção
adequadas.
A defesa acusou nesta sexta-feira
Van Rensburg de construir seu testemunho para evitar a declaração de Botha, que
poderia ser prejudicial para a acusação.
A juíza Thokozile Masipa é a
encarregada de avaliar se a falta de cuidado da polícia é tão importante para
levar em conta ou não as provas apresentadas.
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