BRASÍLIA e RIO - O Conselho de
Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira em São Paulo e deve
definir um novo reajuste da gasolina e do óleo diesel para vigorar ainda este
ano. Segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), o preço
da gasolina apresenta uma defasagem de 15% em relação aos preços
internacionais, e o diesel, de 20%.
Embora a
estatal apresente uma situação financeira crítica no curto prazo, devido às
despesas com investimentos e impacto da importação dos combustíveis nas contas,
a meta do governo é manter a inflação abaixo dos 5,84% de 2012. Por isso, os
reajustes vêm sendo represados pelo governo. Se aprovado um aumento de 5%,
percentual em discussão na equipe econômica, o impacto direto no IPCA será de
0,2 ponto percentual este ano. O diesel, que tem impacto menor no IPCA, pode
subir 10%.
Por outro
lado, a nova metodologia que prevê reajustes automáticos do combustível, em
estudo pela Petrobras, ainda está em discussão e deve ser aprovada só no ano
que vem. Ao apresentar a proposta no Conselho, sem aprovação prévia da equipe
econômica, a diretoria da Petrobras entrou em rota de colisão com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega. A polêmica gira em torno de uma possível indexação aos
preços internacionais da commodity. Por isso, a discussão está em banho-maria
por ora, com aval do Planalto.
Conforme afirmado por Guido Mantega na terça-feira, a elaboração de uma
metodologia para reajustes automáticos do combustível ainda está em elaboração.
Segundo
analistas e investidores, um reajuste nos combustíveis é crucial para que a
estatal tenha fôlego para arcar com custos de bônus e investimentos exigidos
tanto em projetos em andamento como em novos projetos, a exemplo de Libra e os
blocos de gás arrematados na quinta.
Fonte: Jornal O Globo.
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