Toda a avaliação sobre a goleada da Seleção
Brasileira sobre o Japão, por 4 a 0, deve levar em conta a debilidade do rival:
os japoneses não se fecharam na defesa, não foram fortes na marcação e tampouco
foram criativos com a bola. No entanto, diante dos espaços e das facilidades
oferecidas, há quem consiga ou não aproveitar.
E um Brasil que nitidamente prefere esperar o rival, roubar a bola e
contra-atacar, aproveitando a qualidade técnica de seus jogadores mais
ofensivos, encontrou a ocasião sob medida para golear e produzir lances
bonitos. Em especial, graças a Neymar, princípio meio e fim das jogadas mais
perigosas da Seleção na manhã de ontem, em Cingapura. Foram dele os quatro
gols.
Havia a expectativa em torno de uma possível dificuldade do Brasil
diante de um adversário que não se expusesse tanto, não propusesse tanto o jogo
quanto os argentinos, por exemplo. Sob esse aspecto, o Japão não testou o time
de Dunga. Afinal, jamais foi verdadeiramente combativo.
Mas o Brasil teve méritos. Manteve sua organização e foi sempre vertical
na hora de atacar. E viu Neymar absolutamente à vontade no papel de líder
técnico da equipe.
Homem
do jogo
O atacante produziu jogadas de todas as formas. Primeiro, de falta,
quando o Brasil ainda tentava se acomodar no campo e não criava tanto, o
capitão acertou a trave. Depois, com a rede balançando, fruto do bom
entendimento com Diego Tardelli.
Num passe do jogador do Atlético/MG, Neymar arrancou para driblar o
goleiro e empurrar para o gol, aos 18 minutos. A rigor, não foi um primeiro
tempo brilhante da Seleção.
Era justo esperar mais do Brasil. E o segundo tempo correspondeu. As
entradas de Éverton Ribeiro e Philippe Coutinho nos lugares de Willian e Oscar
melhoraram o passe e a organização.
Eram dois minutos quando Philippe Coutinho pegou na bola pela primeira
vez. O passe para Neymar foi preciso e o craque do Barcelona fez o segundo.
Dunga já surpreendera ao lançar Kaká e Robinho: tirou Diego Tardelli e
Elias, deixando a Seleção com um quinteto ofensivo. Em campo, estavam juntos
Kaká, Éverton Ribeiro, Philippe Coutinho, Neymar e Robinho.
A goleada se desenhou. Aos 31, Neymar tentou lançar, mas Kaká cabeceou
na trave. Então, na sequência do lance, o camisa 10 aproveitou o rebote e fez o
terceiro gol. O capitão fechou a conta aos 35, ao aproveitar cruzamento de Kaká
e marcar.
Imbatível
A nova passagem de Dunga como técnico da Seleção Brasileira vai de vento
em popa. Em quatro partidas já realizadas, o Brasil venceu todas. No total
foram marcados oito gols e nenhum sofrido. Após a Copa do Mundo, o selecionado
bateu a Colômbia e o Equador por 1 a 0 em amistosos disputados nos EUA; a
Argentina por 2 a 0, no Superclássico das Américas, na China, e o Japão por 4 a
0, ontem, em Cingapura
Fonte: Diário do
Nordeste.
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