A Justiça do Ceará
determinou a indisponibilidade de bens do
prefeito de Assaré, Luis Samuel Freire (PT), acusado de promover sua gestão e partido após pintar diversos prédios do município nas cores vermelho e branca. A medida segue ação interposta pelo Ministério Público do Estado (MP/CE), que pediu o bloqueio para garantir que o gestor pague a quantia até R$ 53,9 mil reais aos cofres públicos pelas irregularidades.
A Justiça ainda deu
prazo de dez dias para que o prefeito retire as cores de todo e qualquer prédio
da Prefeitura. Segundo investigação do MP-CE, o gestor teria pintado os prédios
de vermelho para deixar “marca” de sua gestão, em cor “identificadora do
Partido dos Trabalhadores (PT)”. As mudanças teriam ocorrido logo após ele
tomar posse, em 2013.
Entre os locais pintados, estão
desde escolas municipais, academias, parques, praças, quadras e até o prédio da
Prefeitura. Fardas de alunos da rede pública também aderiram às cores – que não
incluem nenhuma tonalidade da bandeira do município, em azul, amarelo e verde.
Caso descumpra a medida, poderá ser cobrada multa de até R$ 1 mil por dia.
“Não se trata de uma mera
coincidência, mas, sim, de um ato que caracteriza notória promoção pessoal.
Assim, ele tencionou caracterizar os prédios públicos com a marca pessoal da
sua gestão, atrelando a imagem das cores do PT à gestão da coisa pública”, diz
o MP-CE. Somente na pintura de uma escola, foram investidos R$ 53,9 mil.
"Não existe nada
disso"
Na época da denúncia do MP-CE, o
chefe de gabinete do prefeito, Antônio Neto, negou as denúncias. Ele afirmou
que todas as reformas e construções feitas pela atual gestão têm utilizado as
cores branca e azul, com "apenas uma faixa" vermelha. "Até
porque ficaria feio se pintasse tudo só de vermelho", argumenta.
Fonte:
Jornal O Povo.
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