domingo, 19 de outubro de 2014

Identidade do matador surpreende os vizinhos em Goiânia.

Desde que começaram a circular notícias de que um assassino em série estava matando mulheres jovens em Goiânia, há cerca de quatro meses, a operadora de caixa Flavia de Carvalho, de 34 anos, obrigou as duas filhas adolescentes a mudarem a rotina. A ordem para Isabela Eduarda, 17, e Ingrid Alessandra, 16, era evitar andarem sozinhas na rua, principalmente à noite. “Até falei para prenderem o cabelo”, lembrou a mãe.
Mal sabia Flavia que, segundo a Polícia goiana, o serial killer morava na rua dela, a cinco casas de distância. Assim como a operadora de caixa, outros vizinhos do vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, assustaram-se com a notícia de que o rapaz, que até a terça-feira passada morava com a mãe no bairro, havia confessado a morte de 39 pessoas, incluindo 15 mulheres e oito moradores de rua.
Uma vizinha que habita em frente à casa de Rocha, a técnica em segurança do trabalho Carmem Reis, 27, declarou que os dois eram amigos. Carmem afirmou que o rapaz nunca saía de casa. Depois de voltar do plantão noturno como vigia em um hospital público, por volta das 7 horas, ele dormia até as 11 horas. Algumas vezes, ela o via preparado o próprio almoço, arrumando algum cômodo da casa e lavando as roupas dele. Rocha assistia à televisão em um aparelho de 14 polegadas, um presente de Carmen: “Eu dei a tevê porque ele disse que não tinha em casa, porque a mãe é evangélica e não tinha esse costume”, contou ela.
Rocha trabalhava um dia e ganhava outro de folga, segundo Carmen. Ela declarou que, mesmo com tempo livre, ela nunca viu o rapaz sair para passear. Carmen contou ainda que Rocha morava apenas com a mãe naquela casa, e que era o filho predileto. O outro irmão, mais novo, é casado e mora com a mulher. O padrasto raramente era visto. O vigilante não conheceu o pai.
Um dia depois da prisão do suspeito de cometer 39 homicídios, a mãe do vigilante, que é auxiliar de serviços gerais na Prefeitura, mudou-se do imóvel e não voltou mais. Levou junto um cachorro vira-lata e Belinha, a cadela que o filho havia lhe dado há dois meses. Na sexta-feira, ela esteve na delegacia para visitar o filho, mas, na saída, se negou a dar entrevista.
Fonte: Jornal O Povo.

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