Nem só de
problemas com a contratação de Neymar vive Sandro Rosell, pressionado desde
o ano passado por uma ala dos sócios do Barcelona para renunciar à presidência em razão da
situação delicada do cartola no Brasil.
Padrinho
de casamento de Ricardo Teixeira, Rosell entrou na perigosa mistura de dinheiro
público, políticos e a CBF. E assim, o cartola espanhol se viu no meio de
investigações, auditorias e uma devassa em sua vida e da empresa Ailanto Marketing.
As notas fiscais 1 e 2 da empresa foram
emitidas ao governo do Distrito Federal para organizar em 2008 uma partida
entre Brasil e Portugal, como forma de exibir Brasília, à época candidata a
sede da Copa-2014, para a Fifa e Teixeira.
A Ailanto
recebeu R$ 9 milhões para
organizar a partida. E começaram os problemas: parte das despesas foi paga pela federação brasiliense. A hospedagem dos atletas tem a
suspeita de ter sido superfaturada. Além disso, o dinheiro da bilheteria da
partida, organizada a pedido do governo, ficou com a federação.
Em um
notebook da sócia de Sandro Rosell, foram encontradas remessa de R$ 1 milhão para o exterior da Ailanto
para a conta do cartola em Barcelona, além de cheques nominais e repasses de R$ 705 mil a Ricardo Teixeira.
Ações
na justiça
Sandro Rosell está enfrentando duas ações na Justiça de Brasília,
movidas pelo Ministério Público do DF.
Na ação
civil, a promotoria pede a devolução do
dinheiro por parte da empresa. Na ação criminal, o cartola e sua sócia são
réus, sob acusação de fraude e de se beneficiar ilegalmente da contratação sem
licitação.
Um dos
motivos é que os eventos apresentados como atestado de experiência da Ailanto
ocorreram quando a empresa nem existia. As penas podem chegar a oito anos de prisão.
Após quase seis anos da partida, os processos continuam sem desfecho. A
defesa de Rosell diz que os contratos são legais e que o jogo foi realizado e
considerado um sucesso.
Fonte: DN.
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