domingo, 26 de janeiro de 2014

PT pressiona Deputado João Paulo Cunha a renunciar ao mandato.

O PT pressiona o deputado federal João Paulo Cunha (SP), condenado no julgamento do mensalão, a renunciar ao mandato assim que tiver sua prisão pedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O partido não quer passar pelo desgaste de um processo de cassação em pleno ano eleitoral, principalmente porque é dada como certa a cassação do mandato em um processo com voto aberto no plenário da Câmara.

João Paulo, que começará a cumprir a pena em regime semiaberto, tem afirmado publicamente que não vai renunciar e que seu plano é trabalhar como deputado durante o dia e voltar à noite para a prisão para dormir. Dirigentes petistas afirmam que ele está falando isso da boca para fora, porque sabe que isso não será aceito. Mas, na dúvida, ele está sendo devidamente informado de que o partido forçará sua renúncia.

Nesta semana, o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), adiantou que o PT não tentará impedir a abertura, na Mesa Diretora, do processo de cassação contra João Paulo, como fez no caso do então deputado José Genoino (PT-SP), também condenado no julgamento do mensalão e já preso.

Vargas tentou justificar a tentativa de impedir a abertura de processo de cassação contra Genoino afirmando que havia um pedido anterior de aposentadoria por invalidez, que ainda estava em análise. Ao constatar que o processo de cassação seria aberto antes de uma decisão da Câmara sobre a aposentadoria, Genoino renunciou.

Desde o ano passado, João Paulo cursa Direito em Brasília e, enquanto estiver em regime semiaberto, deve pedir autorização para sair do presídio e assistir às aulas, abatendo o tempo de pena. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, o que corresponde a regime fechado. O STF, no entanto, vai julgar um recurso de João Paulo relativo à condenação por lavagem de dinheiro. Assim, por enquanto, ele cumprirá pena de seis anos e quatro meses, que se enquadra no regime semiaberto.

Fonte: DN.

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