Mantido em estado vegetativo desde 2006, após décadas de
controversa carreira política e militar, o ex-premiê israelense Ariel Sharon morreu neste sábado (11),
aos 85 anos, deixando como legado a fama de belicista e, na contramão, a
histórica retirada da faixa de Gaza que liderou durante seu mandato.
Sharon manobrou governo e Parlamento a aprovar a retirada dos
assentamentos israelenses na faixa de Gaza.
Apelidado "Arik", Sharon nasceu em 1928 no vilarejo
de Kfar Malal. Aos 14 anos, juntou-se às fileiras da Haganah, a versão
embrionária das Forças de Defesa de Israel. O início de sua biografia é um
apanhado de sucessivas promoções no Exército, incluindo ter comandado uma
companhia de infantaria na guerra de independência de 1948 e ter fundado, em
1953, uma unidade de elite responsável por retaliar ataques árabes.
A carreira de Sharon tomou a senda política na década de 70,
em uma breve passagem pelo Parlamento, em 1973, seguida de sua renúncia. Em
1975, ele assessorou o primeiro-ministro Yitzhak Rabin no campo de segurança e,
dois anos depois, foi eleito parlamentar, após o que se juntou ao partido de
direita Herut, que mais tarde se tornaria o Likud.
No governo, Sharon foi ministro da Agricultura e, em 1981,
assumiu a pasta da Defesa durante o período crítico da Guerra do Líbano. Foi
nesse país inimigo que os papéis de sua carreira se mancharam, diante da
opinião pública, após Sharon ser considerado por uma comissão de inquérito como
"pessoalmente responsável" pelo massacre de refugiados palestinos em
Sabra e Shatila, em Beirute.
Na década seguinte, em uma provocativa visita à Esplanada do Templo de Jerusalém, local sagrado disputado por judeus e muçulmanos, Sharon desencadeou uma onda de revoltas que culminaram na Segunda Intifada, levante palestino com graves consequências políticas e centenas de mortos em ambos os lados. Meses depois, responsável por reformular o partido de direita Likud, Sharon foi eleito em 2001 para o cargo de primeiro-ministro com a maior margem de vitória na história de Israel. Ele foi reeleito em 2003, após ter convocado eleições antecipadas.
Na década seguinte, em uma provocativa visita à Esplanada do Templo de Jerusalém, local sagrado disputado por judeus e muçulmanos, Sharon desencadeou uma onda de revoltas que culminaram na Segunda Intifada, levante palestino com graves consequências políticas e centenas de mortos em ambos os lados. Meses depois, responsável por reformular o partido de direita Likud, Sharon foi eleito em 2001 para o cargo de primeiro-ministro com a maior margem de vitória na história de Israel. Ele foi reeleito em 2003, após ter convocado eleições antecipadas.
Em 4 de janeiro de 2006, o premiê Sharon sofreu um derrame
com hemorragia cerebral, pelo qual esteve por anos em coma. Em 2013, médicos
haviam detectado atividade cerebral, em uma última fagulha de sua resistência.
Fonte: DN.
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