quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Deputados questionam a decisão do Tribunal.

O autor da emenda à Constituição Estadual que trata da prescrição de processos nos tribunais de contas do Ceará, a partir do quinto ano do início da tramitação, deputado Tin Gomes (PHS), rebateu, ontem, os questionamentos sobre a constitucionalidade da emenda feitos pelos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) na sessão da última terça-feira.

Segundo o parlamentar, a reclamação dos conselheiros é feita "simplesmente porque querem continuar com os processos parados. Não querem fazer mutirão, não querem fazer o trabalho deles em dia". Para o deputado, os conselheiros querem "apenas ver o lado deles, e não trabalhar em tempo suficiente. Não estão querendo trabalhar". Ele afirmou que há casos de gestores que têm processos há mais de dez anos para serem julgados e, quando os conselheiros decidem abrir o processo para discussão, os envolvidos não sabem mais nem ao menos do que estão sendo processadas e não têm como se defender.

"A ação civil é de cinco anos, o IPTU também, e por que eles não podem fazer esses processos vingarem em cinco anos? Qual o interesse em acumular? A medida não é para beneficiar ninguém, não. É para eles fazerem mutirão de processos", afirmou. Tin Gomes disse ainda que, caso não exista estrutura para que o Tribunal realize suas atividades de forma plena, que peça estrutura ao Governo do Estado, através de solicitação de pessoal e realização de concurso público.

Segundo o deputado do PHS, sem a PEC aprovada na Assembleia, os conselheiros ficariam "como estão, sem dar resposta aos processos". Ele lembrou ainda que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já acatou a emenda e até já está "judiciando" tais contas.

"Se eles não querem que a Assembleia faça alguma coisa, que façam. Coloquem os processos em dia. Lamento muito essa posição, mas a decisão da Assembleia foi no intuito de os tribunais agilizarem seus processos, para que as pessoas possam se defender e para que haja julgamentos o mais rápido possível".

Fonte: DN.

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