terça-feira, 11 de novembro de 2014

Hotel deve ser implodido no próximo dia 30 de novembro.

O "esqueleto" de 18 andares do antigo Hotel Esplanada, na Av. Beira-Mar, em Fortaleza, deverá ser implodido no próximo dia 30. A informação, segundo os moradores e proprietários de prédios vizinhos ao edifício - que há anos é corroído pela maresia, consta em uma carta emitida pelo Grupo M. Dias Branco, que comprou o empreendimento neste ano. Conforme as pessoas que receberam o aviso na semana passada, a ação deverá ser realizada às 9h, mas a orientação é que eles permaneçam afastados do local até as 14h.
"Além de comunicar a data, eles (a construtora) também pediram licença para fazer um levantamento da atual situação física dos imóveis vizinhos, para que se houver algum problema os proprietários possam ser ressarcidos", conta Giovani Pimentel, administrador do Edifício Anhuska, empreendimento comercial localizado na Av. Historiador Raimundo Girão, ao lado do Esplanada.
Nesta semana, representantes da construtora estiveram no Edifício Anhuska, mediram e avaliaram as condições do prédio. Porém, nenhuma informação da análise foi ainda repassada aos responsáveis, garantiu o administrador. "Temos receio quanto a essa implosão por conta do impacto que vai gerar. Até mesmo em relação à estrutura do prédio. Mas há garantias que tudo vai ser feito com bastante cuidado", afirma Pimentel.
De acordo com ele, uma das vantagens é que, como o Edifício Anhuska é comercial e funciona somente de segunda a sexta-feira, durante a implosão - programada para um domingo - provavelmente não haverá ninguém no prédio.
O Hotel Esplanada foi inaugurado em 1978, e na época, era o prédio mais alto na Praia de Iracema. O empreendimento, com 230 quartos, foi o primeiro hotel cinco estrelas da Capital.
Em 2004, o grupo Otoch, proprietário do hotel, vendeu a edificação ao grupo português Dorisol Hotels.
Para adquirir e modernizar o empreendimento, que custou R$ 52 milhões, o grupo português pegou empréstimo de R$ 30 milhões com o Banco do Nordeste (BNB). A ideia do grupo era recuperar o prédio para ele abrigar o Dorisol Fortaleza Grand Hotel. Como garantia do empréstimo que foi feito mas não foi pago, o BNB hipotecou o empreendimento.
Conforme divulgado pelo Diário do Nordeste, em junho deste ano, o empresário cearense, Ivens Dias Branco, adquiriu a propriedade, com plano de construção de um edifício residencial. Na época, o superintendente Financeiro do Grupo M. Dias Branco, disse que a aquisição foi possível após o Conselho Monetário Nacional (CMN) baixarem, em março, resoluções que flexibilizaram a política de renegociação de dívidas de financiamentos de empreendimentos contraídas junto ao BNB.
Fonte: Diário do Nordeste.

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