O
"esqueleto" de 18 andares do antigo Hotel Esplanada, na Av.
Beira-Mar, em Fortaleza, deverá ser implodido no próximo dia 30. A informação,
segundo os moradores e proprietários de prédios vizinhos ao edifício - que há
anos é corroído pela maresia, consta em uma carta emitida pelo Grupo M. Dias
Branco, que comprou o empreendimento neste ano. Conforme as pessoas que
receberam o aviso na semana passada, a ação deverá ser realizada às 9h, mas a orientação
é que eles permaneçam afastados do local até as 14h.
"Além
de comunicar a data, eles (a construtora) também pediram licença para fazer um
levantamento da atual situação física dos imóveis vizinhos, para que se houver
algum problema os proprietários possam ser ressarcidos", conta Giovani
Pimentel, administrador do Edifício Anhuska, empreendimento comercial
localizado na Av. Historiador Raimundo Girão, ao lado do Esplanada.
Nesta
semana, representantes da construtora estiveram no Edifício Anhuska, mediram e
avaliaram as condições do prédio. Porém, nenhuma informação da análise foi
ainda repassada aos responsáveis, garantiu o administrador. "Temos receio
quanto a essa implosão por conta do impacto que vai gerar. Até mesmo em relação
à estrutura do prédio. Mas há garantias que tudo vai ser feito com bastante
cuidado", afirma Pimentel.
De
acordo com ele, uma das vantagens é que, como o Edifício Anhuska é comercial e
funciona somente de segunda a sexta-feira, durante a implosão - programada para
um domingo - provavelmente não haverá ninguém no prédio.
O
Hotel Esplanada foi inaugurado em 1978, e na época, era o prédio mais alto na
Praia de Iracema. O empreendimento, com 230 quartos, foi o primeiro hotel cinco
estrelas da Capital.
Em
2004, o grupo Otoch, proprietário do hotel, vendeu a edificação ao grupo
português Dorisol Hotels.
Para
adquirir e modernizar o empreendimento, que custou R$ 52 milhões, o grupo
português pegou empréstimo de R$ 30 milhões com o Banco do Nordeste (BNB). A
ideia do grupo era recuperar o prédio para ele abrigar o Dorisol Fortaleza
Grand Hotel. Como garantia do empréstimo que foi feito mas não foi pago, o BNB
hipotecou o empreendimento.
Conforme
divulgado pelo Diário do Nordeste, em junho deste ano, o empresário cearense,
Ivens Dias Branco, adquiriu a propriedade, com plano de construção de um
edifício residencial. Na época, o superintendente Financeiro do Grupo M. Dias
Branco, disse que a aquisição foi possível após o Conselho Monetário Nacional
(CMN) baixarem, em março, resoluções que flexibilizaram a política de
renegociação de dívidas de financiamentos de empreendimentos contraídas junto
ao BNB.
Fonte: Diário do Nordeste.
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